segunda-feira, 19 de março de 2012

Projeto Seja Saudável: chocolate – sua Páscoa pode ser saudável

Com a proximidade da Páscoa, em cada canto que olhamos existe a tentação do chocolate. Todos os tipos e tamanhos expostos em vitrines e corredores de supermercados, cada um mais convidativo que o outro. Mas, para que esta época não ponha todos os nossos esforços de manter o peso e uma alimentação saudável a perder, podemos sim comer chocolate mas, com moderação e escolhendo as opções menos calóricas e mais saudáveis.
Sua matéria-prima, o cacau, era considerada por maias e astecas o alimento dos deuses. Tamanha veneração talvez tenha se originado da dedução de que as sementes do fruto do cacaueiro escondiam diversas propriedades.
Tente sempre se lembrar dessa ordem: do mais saudável, menos calórico e mais rico em antioxidantes temos o chocolate amargo, seguido do meio amargo, ao leite e branco, com maior teor de gordura, calorias e menos cacau. Lembre-se também, que o consumo não deve ultrapassar 50g e, de preferência, deve ser consumido como sobremesa, após um almoço rico em fibras e pobre em gorduras.
Se eram realmente divinas, isso ainda precisa de comprovação. No entanto, quase cinco séculos depois de os espanhóis enriquecerem o paladar europeu com um dos sabores do Novo Mundo, sobram evidências científicas de que o chocolate amargo, guloseima com um gosto peculiar justamente por ter maior teor de cacau na sua composição, promove uma série de benefícios para a nossa saúde.
Os resultados de uma das pesquisas mais recentes sobre esse chocolate confirmam que ele protege o coração. Realizado na Universidade Hospital Colônia, na Alemanha, o estudo revela que seu consumo rotineiro reduz os níveis da pressão arterial.O trabalho avaliou 44 pacientes entre 56 e 73 anos, pré-hipertensos ou no estágio inicial do problema. Durante 18 semanas parte deles consumiu 30 calorias diárias, ou 6,3 gramas de chocolate amargo, algo equivalente a um único pedaço de uma barrinha. Os demais participantes ingeriram o tipo branco.
Aqueles ínfimos 6,3 gramas da versão de gosto mais acre derrubaram a pressão que o sangue exerce sobre os vasos a máxima, ou sistólica, em 1,6 milímetros de mercúrio e a mínima, a diastólica, em 1 milímetro de mercúrio. Além disso, a prevalência da hipertensão problema que acomete cerca de 1 bilhão de pessoas no globo e é responsável por milhares de casos de infarto e derrame caiu de 86% para 68%.
A queda de cada 2 milímetros de mercúrio na medida da pressão máxima já diminui bastante o risco de morrer de AVC ou do coração, assegura o cardiologista Marcus Bolívar Malachias, da Sociedade Brasileira de Cardiologia. No estudo alemão, provou-se ainda que tudo isso pode se dar sem alterações no peso e nas taxas de açúcar e gordura na circulação.

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